"Reafirmamos o nosso posicionamento sobre não voltar às aulas presenciais, acentuando que a preocupação e a defesa pela saúde e segurança de todas e todos é mais importante que qualquer tentativa de retorno..."

Desde março do ano passado, enfrentamos muitas mudanças, assim como nossas vidas, a rotina escolar também precisou urgentemente se moldar. Fomos pegos de surpresa por um vírus que assolou no mundo e nos transformou em reféns, fomos obrigados a criar novos métodos de trabalho, rotina e estudos. É sabido que o ano letivo de 2020, mesmo remotamente, foi surpreendente, tudo isso porque professoras e professores se dedicaram como sempre. Usaram seus próprios equipamentos e desembolsaram mais despesas como luz e água em um momento em que vários profissionais tiveram seus vencimentos reduzidos. Está provado que é possível estender as aulas on-line neste momento que o Estado vive um dos piores momentos da pandemia. Desde o início morreram mais de 250 mil pessoas por Covid-19 no país.
A educação é a base transformadora de vidas e para que ela siga sendo esse agente transformador, é necessário que haja vidas.
Sabemos que há uma pressão por grupos favoráveis ao retorno das aulas presenciais normalmente mesmo sem as vacinas, mas, que não garantem assistência plena de tratamento de saúde a essas pessoas caso haja infecção e necessite de tratamento.
O Executivo Municipal, como responsável por garantir o direito à saúde de sua população não pode colocar em risco a vida de crianças, adolescentes e adultos, contudo, seguiremos com as atividades não presenciais. A nossa gestão tem mantido comunicação constante com a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação - setor este responsável pela pauta, bem como com a Equipe de Combate ao Covid-19 de Lavras do Sul e com as regiões de Saúde (7ª Coordenadoria) e Educação (13ª Coordenadoria), além da ASSUDOESTE (Associação dos Municípios da Região Sudoeste) que fazem parte juntamente com Lavras do Sul, os munícipios de: Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito e Hulha Negra. Ambos também não retornaram as aulas presenciais.
Não podemos colocar nada acima da vida de alunos e profissionais da educação.
Professores, professoras, pedagogos, monitores, servidores, diretores, entre outros profissionais que atuam no ambiente escolar querem e precisam voltar. Alunos precisam frequentar novamente os bancos escolares, mas só diante da imunização.
As crianças não são imunes, e por serem em sua maioria assintomáticas, aumentam as chances de transmissão do vírus. Segundo levantamento recente da Fundação Osvaldo Cruz, 9,3 milhões de pessoas idosas ou com comorbidades convivem diretamente com crianças em idade escolar e aumentariam as chances de morte.
Mesmo com os protocolos sanitários, nós entendemos que não há uma segurança total sobre a vida da comunidade escolar. O retorno gradual tem que acontecer a partir do momento que este público for vacinado.
Reafirmamos o nosso posicionamento sobre não voltar às aulas presenciais, acentuando que a preocupação e a defesa pela saúde e segurança de todas e todos é mais importante que qualquer tentativa de retorno, sem vacina garantida aos educadores e equipes de escolas e sem segurança garantida às crianças e adolescentes, não iremos autorizar o retorno das atividades escolares presenciais.
A aprendizagem é essencial e ela irá acontecer independente das circunstâncias em qualquer tempo da vida, já vidas ceifadas, não voltam.


Por: Imprensa PMLS

Data de publicação: 01/03/2021

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